quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Quero-te longe...



Está difícil de digerir a minha mais recente descoberta a teu respeito. Continua a doer saber-te entregue a uma outra aventura da vida. E esse sentimento de agora, ainda tão fresco, rude e real faz com que te diga que é-me de todo impossível ser tua amiga neste momento. Por mais cruel que possa parecer, só conseguirei sê-lo verdadeiramente quando te tirar de mim. Quando deixares de estar em mim e a tua presença me abandonar de vez deixando um lugar vazio naquilo a que chamam de coração ou o que, no meu caso, resta dele. Fizeste um bom trabalho para que isso aconteça. No entanto, ajudaste-me da pior maneira possível, sem o saberes talvez… Descobrir que a despedida se devia a um outro interesse, a uma outra presença (intuindo a existência de outras tantas) foi o que me amparou, foi o chão firme onde apoiei os meus pés. Foi a plataforma de onde me impulsionei para me ir saindo de ti. A queda mais que o coração, magoou-me a alma porque esperava mais de ti. Pelo menos ansiava por mais veracidade e honestidade e não as palavras banais dos lugares comuns. Por isso, sei que ainda custa cruzar-me contigo e fingir-te um amigo como tantos outros, quando sinto o peito a querer fugir-me e tenho de o segurar com um passo firme que não te intercepte, que te seja tangencial…Quero-te longe, distante porque me custa esta ambiguidade de sentimentos. Quero ter tempo para não ter este sentimento negativo que te tenho. Custa-me saber que me dediquei a alguém como tu, desprovido da profundidade de sentimentos que para uma relação é tão importante. Se te desejo sorte? não sei. Desejo-te apenas que tenhas na mesma medida em que dás. Se isso te é suficiente? Para mim não foi…

Sem comentários: